MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA: UMA CORTINA DE FUMAÇA?

Abstract

Este artigo analisa a temática da Educação Ambiental frente aos limites, perspectivas e desafios da Política Nacional de Educação Ambiental que está em seu processo de implementação e efetivação no Brasil. Busca refletir o porquê e para que inserir educação ambiental no currículo escolar através da análise e da problematização da relação entre sociedade e natureza, a partir das especificidades da atual sociedade burguesa. Diante de pressões advindas da luta de classes, nasceram estratégias maquiadoras para ofuscar o caráter destrutivo da sociedade burguesa por meio de supostas ações de educação ambiental e da responsabilização de indivíduos sobre os problemas crônicos do modo de produção capitalista. Assim o artigo traz reflexões sobre a questão estrutural do modo de produção capitalista e a maquiagem desta questão por meio da suposta educação ambiental a partir das idéias de Marx (2013) e Quaini (1979). Em seguida são analisados elementos da Política Nacional da Educação Ambiental brasileira e identificados elementos que indicam associação à política de reestruturação produtiva do capital e do novo perfil de trabalhador imposto pela Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, chega-se à conclusão de que a mencionada política é uma cortina de fumaça com a função de camuflar os problemas reais que vêm atingindo a população mundial como consequência da lógica do capital em transformar riquezas ambientais em mercancias.

Abstract

This article analyzes the topic of Environmental Education in light of the limits, perspectives, and challenges of the National Environmental Education Policy, currently in the process of implementation and effectiveness in Brazil. It seeks to reflect on why and why environmental education should be included in the school curriculum by analyzing and problematizing the relationship between society and nature, based on the specificities of today's bourgeois society. Faced with pressures arising from the class struggle, cover-up strategies have emerged to obscure the destructive nature of bourgeois society through supposed environmental education actions and by holding individuals accountable for the chronic problems of the capitalist mode of production. Thus, the article reflects on the structural issue of the capitalist mode of production and how this issue is masked by supposed environmental education, based on the ideas of Marx (2013) and Quaini (1979). Next, it analyzes elements of the Brazilian National Environmental Education Policy and identifies elements that indicate an association with the policy of productive restructuring of capital and the new worker profile imposed by the United Nations (UN). Thus, we conclude that the aforementioned policy is a smokescreen intended to camouflage the real problems affecting the global population as a consequence of capital's logic of transforming environmental wealth into commodities.

Resumen

Este artículo analiza la Educación Ambiental a la luz de los límites, perspectivas y desafíos de la Política Nacional de Educación Ambiental, actualmente en proceso de implementación y efectividad en Brasil. Busca reflexionar sobre por qué y por qué la educación ambiental debe incluirse en el currículo escolar, analizando y problematizando la relación entre sociedad y naturaleza, con base en las especificidades de la sociedad burguesa actual. Ante las presiones derivadas de la lucha de clases, han surgido estrategias de encubrimiento para ocultar la naturaleza destructiva de la sociedad burguesa mediante supuestas acciones de educación ambiental y responsabilizando a los individuos por los problemas crónicos del modo de producción capitalista. Así, el artículo reflexiona sobre la cuestión estructural del modo de producción capitalista y cómo esta se ve enmascarada por la supuesta educación ambiental, basada en las ideas de Marx (2013) y Quaini (1979). A continuación, analiza elementos de la Política Nacional de Educación Ambiental brasileña e identifica elementos que indican una asociación con la política de reestructuración productiva del capital y el nuevo perfil del trabajador impuesto por las Naciones Unidas (ONU). Por lo tanto, concluimos que dicha política es una cortina de humo que busca camuflar los verdaderos problemas que afectan a la población mundial como consecuencia de la lógica del capital de transformar la riqueza ambiental en mercancías.